domingo, 30 de setembro de 2007

Music is simple and easy.

Sol Lá na minha janela,
Mi sinto só.
Não tenha Dó, pense em Si.
Fá, aguarde que eu vou dar uma Ré.

Maybe.

Talvez eu me sentisse com frio na hora errada, ou talvez só eu estava na hora certa!
Talvez eu enfrentei meus medos cedo de mais, e talvez eu nem tenha os enfrentado.
Talvez eu deveria ter me adiantado naquele momento, ou talvez eu nem estaria vivo agora.
Talvez eu devesse ter falado tudo o que eu queria, ou talvez eu tivesse que ficar ainda mais calado.
Talvez eu pudesse voar naquele instante, ou talvez ninguém possa voar em hora alguma.
Talvez eu nem esteja escrevendo isso, ou talvez eu deva escrever muito mais.
Talvez eu viva em outro mundo, ou talvez eu não viva em nenhum.
Talvez eu vejo as cores diferentes, ou talvez as cores nem existam.
Talvez eu tenha todas essas dúvidas, e talvez o resto seja certeza.

Poetry.

Poesia me faz feliz. Feliz me faz poesia.

Easy, but not happy.

Talvez seja mais fácil dizer do que cantar.
Talvez seja mais fácil ser do que viver.
Talvez seja mais fácil passar do que presenciar.
Talvez seja mais fácil ver do que sentir.
Mas a vida não teria graça alguma.

sábado, 29 de setembro de 2007

HUMAN, actually.

Sempre que tentei escrever, me distanciei do mundo.
Sempre que tentei viver, me adiantei um segundo.
Sempre que tentei falar, me arrependi no final.
Sempre que tentei chorar, me concentrei no jornal.

Sempre quis voar pra longe.
Sempre caí no primeiro bater de asas.

Acho que não sou passarinho.
Acho que sou humano até demais.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Smile, slime.

Hoje estive triste o dia inteiro,
mas sorri.
Me senti o idiota que fui,
mas sorri.
Falei coisas que não queria,
mas sorri.
Tentei me desfazer de coisas que não pude,
mas sorri.


Sorri até demais.
Quando eu devia era me entristecer.

And so it is.

Frases divertidas e organizadas não fazem o menor sentido. Tudo não faz o menor sentido. Leis da física, a gravidade em si, tudo um grande e fedido cocô sem sentido. A máscara caiu. A máscara de todos caíram. Vontade de chorar. Vontade de me jogar do céu, e cair, fechar os olhos, e voar. "Enquanto for um berço meu, serás vida". O óbvio não faz mais meu estilo, pois as tardes calorentas me deixam suado e com raiva. O óbvio sempre será meu estilo, pois estou com algo entalado na minha garganta. Inventei minha felicidade, inventei minha tristeza, inventei meu mundo, e não me tranquei nele, como todos os outros fazem. Não, eu me abri, recebi e enviei minha mente por todos os mundos inventados, me inventei e libertei. "Os dispostos se atraem".
Saltei por todos os obstáculos, e aqui me vejo, trancado em uma casa que me traz boas lembranças, que me faz sentir vivo e morto, que me faz sentir chorando. Faz tempo que não choro. Na realidade, nem me lembro quando foi a ultima vez. Não estou chorando, novamente. A máscara voltou. A singela máscara da vida, a máscara de todos nós. Vontade de fazer uma música que tenha violinos e contra-baixos, flautas e violoncelos, tambores e pianos, violões e tubas, vozes masculinas e femininas. Vontade de cantar minha liberdade, presa em seis paredes.
"Falta tanta coisa na minha memória, como o rosto dela". Obrigado, amigo, por ter feito minha tarde mais sóbria e sem nexo. Obrigado, amigo, por ter tirado sua máscara e mostrado quem você é realmente. Obrigado, amigo, por ter me explicado o quão idiota eu era, sem usar nenhuma palavra. Obrigado, outro amigo, por ter me dado inspiração para escrever isso. Desculpe, mesmo amigo, pela pergunta idiota, e que um dia essa tristeza se desfaça, e se transforme em memória, memória boa de tudo que aconteceu de bom. Me sinto triste por tudo isso.
Espero que tudo isso passe, acho que mais um pouco e eu não me agüento mais. Intitulando-me feliz me faz feliz. Mas talvez é essa felicidade que me deixa triste. Não quero parar de escrever, não quero parar de ver meu tempo se esvair com tanta pureza e tranqüilidade. Ilusório sonho, o meu. Ilusório porém bom. Queria poder sair e me juntar à massa, e me sentir feliz por isso. Mas sinto nojo de toda essa repugnância humana, de todos esses comportamentos e de toda essa psicologia. Me sinto porco diante de toda a grandeza do meu pensamento, me sinto morto. Viajaria pra bem longe, me juntaria aos pássaros, me tornaria um. Cairia novamente do céu, voaria.
Instintivamente me sinto lúcido, me sinto enojado. Me sinto necrosadamente caído. Mas ainda vôo, um ultimo vôo de agradecimento.
Tentei pousar, me machuquei. Caí. Mas sou fênix, renasci.
Belo sonho o meu. Inútil, mas sonhado.

The white sea.

Saudável mundo desorientado.
Desorientável imã magnético.
Magneticável mente lúcida.
Lucidável louco insano.
Insanável pessoa pobre.
Pobre de nós, do mundo, de tudo.
Que o desorientado mundo seja saudável, com seus imãs magnéticos e mentes lúcidas, e que o pobre louco, pessoa insana, desoriente-se no mundo magnético, com sua mente saudável da pessoa lucida, junto ao imã pobre.
Obscurecendo horizontes.

About me.

Externamente insano, extremamente lúcido. Nas mãos, marcas de anos alegres e tristes que me trouxeram até aqui de uma forma aleatória e desigual. Nos olhos, a velocidade e o sono, e até o estrabismo que me foi passado. A face, uma vergonhosa face humana, como a de todos os outros. Nos pés, a força de cada dia, e a força dos dias que virão. No sorriso raro, a alegria do momento, um momento feliz de uma vida triste. Na mente, palavras e ritmos e pensamentos e sonhos e tudo mais que se tem quando se é jovem. No mundo, uma estrada larga e sem curvas, a simples e confortável estrada da vida. Na vida, um sonho. Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Wind on my face.

Ahá! Achou que dessa vez eu ia dizer algo inteligente? Algo com sentido?
Errou! Hoje vou dizer algo completamente sem sentido: Tô Feliz.
Descobri que o mundo é mais simples que todos pensam, não sei pra quê complicar! Acho que tá tudo complicado por causa dos nomes... Se não tivesse nome nas coisas, tudo seria mais simples, sorte que eu já passei da fase de complicar.
Amanhã quem sabe eu escreva algo com sentido, algo inteligente e complicado. Mas hoje eu quero ser simples.
E cuidado com o carejangrejo.

ps: Agradecer ao Lucas por ter feito o banner do topo! Ficou massa, cara!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Please salve me! S.O.S.

Alguém aí tem uma máquina do tempo? Ou até um raio desintegrador? Sei lá.. algo que faça essa porra de destruição não continuar...
E não é só uma destruição.. são todas, e ao mesmo tempo. Parece que tudo vai cair, e agora... Até a dor de cabeça voltou...
Pelo menos ainda tenho meus momentos felizes... O foda é isso.. quem tem momentos felizes vive uma vida triste... Queria ter momentos tristes, daí eu viveria uma vida feliz...
Mas o que eu não tinha antes, agora tá me fazendo bem... Amizade verdadeira é foda de achar.. sorte que eu tenho algumas! E isso me deixa feliz, então tô na mesma...
É mesmo, não tô nem aí, se acabar ou não tudo isso eu nem ligo... O que importa é que eu vivi e vivo um pouco feliz, e um pouco triste... e isso tá bom demais... Pense na Zâmbia, com expectativa de vida de 33 anos, e espectativa de peso da população de 25 kg... Eu tô muito bem com meus 60 quilos e quero viver até os 200 anos... Mas, se eu pudesse (e eu posso) aumentaria os anos dos Zâmbianos em pelo menos 2.. daí o mundo tava um pouco melhor!
Tchau, que eu vou comer alguma coisa.

Climate in crisis . . . - - - . . .

Organelas, Monóxido, Verde.
Melancolia já tomou conta denovo, acho que minha teoria de que o mundo vai acabar daqui a pouco é verdade! Tá tudo desabando... Tá parecendo que a gente vive numa situação provisória, e que tudo vai acabar do nada. Até que se tudo acabasse, não faria falta... O ruim é pensar que foi a gente que fez essas coisas acontecerem!
E a juventude? A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerante.
E isso não muda, nada disso muda... Se todo mundo que quer tentar mudar, tentasse, já teria mudado... Mas eu não quero não.. não posso fazer nada mesmo...
O jeito é esperar tudo acabar, e no ultimo instante, rir um pouquinho, e pensar em toda esssa ironia... E sumir...
Adeus e obrigado pelos peixes.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Unfreedom, or so it seems.

O que esse povo de hoje em dia tá pensando? Poxa, e negócio é esse: Ou você é assim, ou você se fode...
Nunca teve essa coisa de liberdade. Liberdade é só histórinha pra boi dormir. Esse negócio de que o cara é livre pra ir aonde for, pra fazer o que quizer é tudo baboseira. E a justiça então? De 100 processos, 1 é julgado com justiça...
Parece coisa de revoltado isso aqui que eu tô escrevendo, mas não é não... É só uma forma diferente de pensar, e de ver a realidade...
Eu aprendi muito com tudo isso que já aconteceu, não que eu tenha participado de tudo, mas eu já li, vi e ouvi o bastante pra ficar quieto numa hora dessas...
Acontece que estamos presos em dogmas, em sociedades autoritárias, em seitas. Estamos presos no misticismo e na incerteza, incerteza do que acontecerá depois...
Eu lhe digo o que acontecerá: Tudo acaba, tudo se esvai. Pensamento mais medíocre esse, não? Mas é a realidade, nua e crua, cabe ao ser humano aceitá-la ou não... E à partir dessa escolha, saberemos como a sociedade vai se portar, e se poderemos finalmente ser livres.
Or so it seems.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Poetry, hear the words you say to me.

Dois poemas, o primeiro foi num surto psicótico, o segundo virou um roteiro para um curta metragem.

Sorte

Morte? Morteiros.
Solidão não é assim,
parece água no cabelo.
Ócio? Ópio.
Imaginação parece
pão de forma com mel.
Tarefa? Ócio.
Iludindo alguém
parece quando você é pequeno e quer nadar.
Poeira? Pedra.
Amar parece
quando você tenta tomar banho frio.
Ser humano? Ópio.
Desjejum parece
quando você come algo depois de passar por um jejum.



Amarelo

Apertado e espelho, ao mesmo tempo.
Ela se olha como se fosse ela.
Azul!
Uma luz acende.
Passos vindo, quer prendê-la.
A ultima gota cai.
A última lágrima.
Um grito inaldível, e mais um.
Passos rápidos.
Passos param.
Jogam-na como se fossem animais.
Rojões são ouvidos.
Mas ela já tinha tirado as mãos dos ouvidos.
O cabelo oleoso.
A cara oleosa.
A luz em seus olhos.
Amarela.
Olhos parados.
Olhos Castanhos.
Ele pergunta algo.
Ela cospe em sua própria barriga,
Perde as forças.
Retoma tempo depois.
Tempo suficiente.
Tempo inútil.
Ele e a faca.
Ela corre para a claridade.
Mas não poderia, seus pés não existem mais.
A dor vermelha.
A face amarela.
Líquidos, viscosos.
Cheiro forte.
Terra.
O caldeirão.
A sopa.
Água.
Cenouras.
Tempeiros.
Pés.
E tomates.
A hemorragia.
Humilhação.
Ela percebe-se dormindo.
Porque estaria dormindo bem em um momento como esses?
Acorde Helena.
Acorde.
Ele, ela no colo dele.
Ele e o caldeirão.
O vinho, e seus pés intactos.
Formigamento nos lábios.
O vinho.
Ele, sorrindo.
Cochilou Helena?
A sopa, quase pronta.
A cidade.
Claridade.
Luzes, amarelas.
Vapor, comida.
Ele, amarelo.
Ela, amarela.
Fogo amarelo.
Ela senta.
Esfrega os olhos.
Ele sorri.
Ela sorri.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Globality

Onomatopéticamente inútil, Brasil mudo e "Global".
Roberto Marinho, manipulação e discrepância. Antenas no lugar de comida, novela no lugar de música, o morro inteiro elege o presidente pela novela. Perder um capítulo é pior que perder um filho pras drogas. Lixo tido como intelectual, o estilo nacional na tela da tevê. Quilos e quilos de maquiagem, mascarando a face vergonhosa de um ator e criando uma lei estética irreal e impossível.
Juventude perdida nos dogmas sociais mais primitivos e ultrapassados. Juventude manipulada por um nível de atuação e de roteiro medíocre e besta. Crianças se tornando adultos pelos clichês novelísticos das 17 e 30 horas. Sociedade insensatamente morta. Fama e sucesso são normais e já é de costume do brasileiro louvar um ator de pouco poder interpretativo.
As barbas da mídia brasileira se espreitando nos buracos mais fundos, e puxando consigo milhões de seguidores cegos. Função social? Não existe. Realidade? Coisa alguma chega próximo à ela. Os poucos que conseguem fazer algo bom, são esquecidos pelo público, e largados em seus canais com sinal fraco.
Artistas políticos, e o mais absurdo: Políticos artistas. A mídia roda em torno do mundo, mas o Brasil roda em torno da mídia.
Sobra aqui o limpo, puro e livre mundo do pensamento, e não o mundo da sugestão. Poucos pensam como pensadores, muitos como telespectadores. E a sorte é só do dono da emissora.

Two-and-a-half weeks away

Vida fácil? Nem "mulher de vida fácil" tem...
Porém, a coisa tá ficando melhor. Não vou dizer que tem algo tão ruim pra me destruir, nem vou dizer que tem algo tão bom pra me glorificar. Poderia tá melhor, mas poderia estar bem pior.
Passei um tempo sem pensar muito, só vivendo intensamente. Tomei uns dois baques, mas nada que me faça desaparecer. Tô percebendo cada dia mais que algumas decisões não valem à pena serem tomadas.
Acho que tenho apenas alguns pensamentos atuais...
Com o tempo vou colocando eles aqui. O primeiro é meio trash, mas fazer o quê?
O que importa é que estou feliz demais pra ficar escrevendo besteiras, então...