domingo, 24 de agosto de 2014

Escrita sobre aquilo que me aperta o peito.
Dói.
O aperto.
Já escrever, não consegui.

De novo, o tempo

Levo um pouco do tempo no bolso.
Me acalmo. Pego um pouco desse tempo e jogo em mim.
Um pouco de tempo, enfim.
Olho pro longe e me vejo lá.

Os devaneios que me encontram sempre acham no tempo uma resposta.
Falo dele, o tempo, como se fosse coisa morta, e que ainda vai renascer.
Eu gosto dos ponteiros do relógio.

Anéis em um tronco de árvore.

Pedaços de gesso, mármore, marfim.
E ainda discuto se será assim.

Comigo o tempo voa.
Um galope incessante.
Mas, certas vezes, ele pára e me observa.
E é aí que tenho o quando pra sonhar.

As batidas do cronômetro parecem as pulsações do meu coração inóspito.
Vão, voltam, congelam se eu quiser.
Todas as vezes, hoje, eu não quis. Nem que fossem, nem que viessem, nem que parassem.
Mas, tal qual músculo cardíaco, não consegui controlar…

E se foram.