segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Globality

Onomatopéticamente inútil, Brasil mudo e "Global".
Roberto Marinho, manipulação e discrepância. Antenas no lugar de comida, novela no lugar de música, o morro inteiro elege o presidente pela novela. Perder um capítulo é pior que perder um filho pras drogas. Lixo tido como intelectual, o estilo nacional na tela da tevê. Quilos e quilos de maquiagem, mascarando a face vergonhosa de um ator e criando uma lei estética irreal e impossível.
Juventude perdida nos dogmas sociais mais primitivos e ultrapassados. Juventude manipulada por um nível de atuação e de roteiro medíocre e besta. Crianças se tornando adultos pelos clichês novelísticos das 17 e 30 horas. Sociedade insensatamente morta. Fama e sucesso são normais e já é de costume do brasileiro louvar um ator de pouco poder interpretativo.
As barbas da mídia brasileira se espreitando nos buracos mais fundos, e puxando consigo milhões de seguidores cegos. Função social? Não existe. Realidade? Coisa alguma chega próximo à ela. Os poucos que conseguem fazer algo bom, são esquecidos pelo público, e largados em seus canais com sinal fraco.
Artistas políticos, e o mais absurdo: Políticos artistas. A mídia roda em torno do mundo, mas o Brasil roda em torno da mídia.
Sobra aqui o limpo, puro e livre mundo do pensamento, e não o mundo da sugestão. Poucos pensam como pensadores, muitos como telespectadores. E a sorte é só do dono da emissora.

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