sexta-feira, 28 de setembro de 2007

And so it is.

Frases divertidas e organizadas não fazem o menor sentido. Tudo não faz o menor sentido. Leis da física, a gravidade em si, tudo um grande e fedido cocô sem sentido. A máscara caiu. A máscara de todos caíram. Vontade de chorar. Vontade de me jogar do céu, e cair, fechar os olhos, e voar. "Enquanto for um berço meu, serás vida". O óbvio não faz mais meu estilo, pois as tardes calorentas me deixam suado e com raiva. O óbvio sempre será meu estilo, pois estou com algo entalado na minha garganta. Inventei minha felicidade, inventei minha tristeza, inventei meu mundo, e não me tranquei nele, como todos os outros fazem. Não, eu me abri, recebi e enviei minha mente por todos os mundos inventados, me inventei e libertei. "Os dispostos se atraem".
Saltei por todos os obstáculos, e aqui me vejo, trancado em uma casa que me traz boas lembranças, que me faz sentir vivo e morto, que me faz sentir chorando. Faz tempo que não choro. Na realidade, nem me lembro quando foi a ultima vez. Não estou chorando, novamente. A máscara voltou. A singela máscara da vida, a máscara de todos nós. Vontade de fazer uma música que tenha violinos e contra-baixos, flautas e violoncelos, tambores e pianos, violões e tubas, vozes masculinas e femininas. Vontade de cantar minha liberdade, presa em seis paredes.
"Falta tanta coisa na minha memória, como o rosto dela". Obrigado, amigo, por ter feito minha tarde mais sóbria e sem nexo. Obrigado, amigo, por ter tirado sua máscara e mostrado quem você é realmente. Obrigado, amigo, por ter me explicado o quão idiota eu era, sem usar nenhuma palavra. Obrigado, outro amigo, por ter me dado inspiração para escrever isso. Desculpe, mesmo amigo, pela pergunta idiota, e que um dia essa tristeza se desfaça, e se transforme em memória, memória boa de tudo que aconteceu de bom. Me sinto triste por tudo isso.
Espero que tudo isso passe, acho que mais um pouco e eu não me agüento mais. Intitulando-me feliz me faz feliz. Mas talvez é essa felicidade que me deixa triste. Não quero parar de escrever, não quero parar de ver meu tempo se esvair com tanta pureza e tranqüilidade. Ilusório sonho, o meu. Ilusório porém bom. Queria poder sair e me juntar à massa, e me sentir feliz por isso. Mas sinto nojo de toda essa repugnância humana, de todos esses comportamentos e de toda essa psicologia. Me sinto porco diante de toda a grandeza do meu pensamento, me sinto morto. Viajaria pra bem longe, me juntaria aos pássaros, me tornaria um. Cairia novamente do céu, voaria.
Instintivamente me sinto lúcido, me sinto enojado. Me sinto necrosadamente caído. Mas ainda vôo, um ultimo vôo de agradecimento.
Tentei pousar, me machuquei. Caí. Mas sou fênix, renasci.
Belo sonho o meu. Inútil, mas sonhado.

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