domingo, 15 de abril de 2012


Pula o mundo, deixa girar.
Tem dois arranha-céus ali que esqueceram de construir.
São João del Rei é uma bela prostituta,
mas tem andado com as pernas bem fechadinhas faz bastante tempo.

A gente pensa às vezes que vai ficar por aqui.
Tenta construir as casas, mobiliar.
Mas ninguém fica em lugar nenhum.
A gente não é dono de nada. Nós, os humanos.

Tenta até esquecer das questões,
pensa em amar, esquece o resto.
O jeito é acostumar, entrar nessa onda estranha que alguém criou faz um tempo.
Viver essa junção de muita gente em pouco espaço.

Tão pouco espaço.

sábado, 7 de abril de 2012

Clique Clique, eu tomo água.

Nunca pensei em morrer.
Não, não pense mal, não é isso.
Digo morrer, mas é morrer de livro,
que não tem nada de mais e eu continuo aqui.

Mas daí morro postumamente e meu chulé fede enquanto permaneço no caixão das ideias.
Quando volto sou zumbi, mas dos palmares.
Jogo duas capoeiras, um truco e três cachaças.

Morri, voltei e ganhei chocolate.

Queria cérebro, queria ideia.
Mas ganhei chocolate.
Tá bom, né?