domingo, 16 de setembro de 2012

Nuit


Ele recolhe as insignificâncias.
O amigo do cabelo já foi dormir sem dar o ar das graças.

Fruto do trabalho incansável,
dispõe de abrigo frio e dolorido,
nas entranhas do sofá da sala clara em que se encontra.

Em sua frente,
uma tela mutável mas que se encontra negra, e assim se faz já fazem meses.
Se disperdiçou na varredura de casos, ele.

O cigarro, largou.
A bebida é escassa,
a geladeira também
mas a barriga nem tanto.

Das companhias se absteve e fez bem,
por enquanto.

Só aguarda o leve conforto da que teve nos braços,
e espera os enlaços tardios que só o que vem dirá.

Se quer questionar,
não tem tempo.
Se pode hesitar,
não consegue.

Segue na vã e morta
cadência dos fatos,
acontecimentos e laços.
Estrangula o seu
e até mais ver.

Jaz ali o seu ser.