terça-feira, 26 de abril de 2011

Clara Penumbra

Hoje soube que qualquer penumbra é motivo de desespero,
desde o aconchego dos lençóis até o ultimo degrau da caverna.
Não se relaxa um segundo, e qualquer sinal de luz é euforia.
Estou na penumbra total, mas as vezes lembro que trouxe uma lamparina.
Pequena, como se fosse feita pra mim, no meu atual estado.
Tenho estado rouco demais para dividir idéias sensatas.
Todo esse mundo que teima em querer ser ouvido e não pede respostas,
simplesmente diz aleatoriedades, mas suplica um entendimento imediato.
Essa dor de cabeça me causa náuseas.
Cansei de informações.
Estou rouco demais para palavrear contra qualquer suposto crime.
Estou rouco demais para palavrear.
Sem mais palavras.
Fui criado assim.
Criado mudo.

2 comentários:

Fernanda Barreto disse...

Olá,
Adaorei seu blog, parabéns =)
Lindo poema...

Bonecos de Pano disse...

Tenho um fósforo e alguns acordes. Acho que eles podem falar pela gente.