quarta-feira, 3 de março de 2010

Metamorfossa 2 (porque a 1ª é dos móveis)

Amanheci e não era eu. A banda tocando na janela, abri minhas asas e fui ver o que tinha acontecido.
Mas, logo no dia que metamorfoseei-me, resolveram que não tinha espaço para voar, e amarraram minhas tão sonhadas asas.
Caí logo no chão, sem entender bulhufas. Vieram me explicar sobre toda a economia do mundo, que as aves não faziam parte disso. O alpiste estava caro, as gaiolas de inverno também, já estavam devendo muito nas lojas e não daria pra voar muito.
As vezes eu penso que eu poderia até ser aquelas pombinhas na praça, comendo o que eu achasse, vivendo ali e só ali. Mas não me deixam, fecham a janela.
E agora esse quarto ficou muito pequeno pra mim, com todas essas penas no meu corpo. Que pena, sonhei tanto com isso.

3 comentários:

Júlia disse...

falta pouco tempo pra voar. muito pouco tempo.

Tandera disse...

É meu caro amigo, você teve a sensação da evolução, eu nem isso. Mas pombinha da praça jamais, te garanto, é triste. Não vejo a hora de voar, nem se for ali pra cidade vizinha mesmo... só quero sair dessa inércia maldita que essa cidade nos empoe.
O mais importante Brow, é saber que podemos criar asas. E pode ter certeza que um dia nos encontraremos em um lugar por ai (pombal? Haha), com as asas cansadas de lutar por causas inúteis, e vamos sentar beber cerveja dar risada de tudo e todos, como todo bom e velho porco capitalista.
Nossas ambições de hoje não farão sentido amanhã... Porem o mais importante irmão é que voando andando ou rastejando, vamos ter uma coisa que realmente vale a pena. Amizade.

Leo disse...

Ao invés de estar escrito ali em negrito: Tandera disse...
devia estar escrito: Tandera disse tudo!

haha
é, cara... a gente se encontra no pombal pra comprar uns negócinhos legais.