sábado, 4 de julho de 2015

A Distância da Existência

Me distancio de mim quando existo.
Estou fora do meu raio magnético.
Existo em ondas materiais, luminosas, que nunca serão vistas (só absorvidas).

Sou vidas.

Sinapses não acontecem quando analisadas,
elas trabalham na surdina (como eu).
Sempre distantes.
Meu corpo não era eu, se penso em antes.

Somos a mutagenicidade dos nossos pais.
Pequenos seres, nulos, no limite da atmosfera.
E venho dizer, sem pesar, que desisti da espera.

Agora vivo, e passo essa mensagem:
se és humano, carne, osso, fígado e sentimento,
então continue.

Existe muito mais entre nós e os nós que nós fazemos
do que sonha a nossa vã hipocrisia.

Nenhum comentário: