sábado, 3 de setembro de 2011

Na ultima noite (minha versão pra "Cornerstone" dos Arctic Monkeys)

Na fumaça daquela noite,
pensei ter te visto.
Mas acho que era apenas ótica.
Parecia o teu fantasma,
perto bastante para ser ele.
Mas perdi tudo quando perguntei se podia chamá-la pelo teu nome.

Na fumaça daquela outra noite,
achei ter te visto.
Sentada na cadeira enquanto eu tentava enxergar mais de perto.
E beijei quem quer que fosse que estivesse sentada ali,
tão perto.
E ela me abraçou firme,
até que perguntei educadamente: "por favor, me deixa te chamar pelo nome dela?"

E, no táxi de volta, pedi pelo caminho mais longo.
Teu perfume estava no cinto de segurança,
então preferi guardar os caminhos curtos pra mim mesmo.

E na fumaça da outra noite,
quase acreditei ter te visto,
brincando com o alarme de incêndio.
O som estava alto, não consegui ouvir,
e seu braço estava engessado.
Estava tão perto que até as paredes estavam molhadas,
e ela pôde escrever nelas: "não, você não pode me chamar pelo nome dela"

Me diga onde é que você se esconde,
estou realmente preocupado, acho que vou esquecer como é teu rosto.
E eu já perguntei pra todo mundo.
Começo a pensar que te imaginei esse tempo todo.

E, no táxi de volta, pedi pelo caminho mais longo.
Teu perfume estava no cinto de segurança,
então preferi guardar os caminhos curtos pra mim mesmo.

E na fumaça da ultima noite,
vi tua irmã no telefone.
Quando percebi que ela estava só,
achei que ela talvez entendesse.
Ela estava perto, quer dizer, não tinha como chegar mais perto.
E ela disse: "Eu não deveria, mas sim, você pode me chamar do que você quiser".