sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Alice

Alice tinha sete anos de idade
e alguns errinhos de caligrafia.
Escrevia que amava os pais,
mas amar ela nem sabia.

Dormia com sete pelúcias brancas
abraçando uma a uma.
Dizia que tinha monstros no armário,
mas sabia que monstro não existia.

Depois dos vinte, preferia os dezenove,
mas os anos passam, minha querida.
Pensava que não era nada,
e nada era o que seria.

Amou dezenove dos seus vinte amigos,
Alice enlouqueceu de paixão breve.
Matou os pais que nunca amou
e o amigo que sobrou.

No final, desmaiou, louca, trancada no banheiro,
cocaína e sangue no ralo do chuveiro,
os pulsos cortados por inteiro.
Seu final com dor e desespero.

5 comentários:

Gustavo Pavan disse...

Po.. assim não vou conseguir parar de comentar, um melhor que o outro cara.
Genial esse meu..
pqp;;

Luís Rigotto disse...

Caraca!
Baum pra caramba.
O poeta da casa.
Valeu filhão!

Dan Garcia disse...

NOOOOOOOOOOSSAA!=O
QUE FODA!!

Julia disse...

é...

loufai disse...

Loucura pouca é bobagem.