terça-feira, 28 de setembro de 2010

Velha

Hoje na rua eu consegui me deter
e pensei.
Consegui me tocar e me ver de dentro:
Aquela parte de mim palpitando para ser eu,
e era.

Toda a rua se virou de reverência, o meu carnaval particular e sóbrio.
Observava além dos confetes, mas nada mais me fez pensar.
O barulho era ensurdecedor.

Eu via os caras da madrugada e percebia
que era só aquilo que me tocava na nova vida
e não digo que fiquei triste, por essas é que eu sou pura felicidade.

O carnaval ficou bom e a água não era pra ressaca,
era só pra ter com quem tomar.
Lhes digo, amigos, que água boa era aquela.
Meu novo sonho púrpura lembrou do velho sonho e tudo ficou cinza como aquele céu.

Agradeci, o que mais eu podia fazer?