domingo, 2 de novembro de 2008

Tempo

Tempo

Me sentei ao meio da sujeira que o tempo acumulou.
Me senti como todos os dias:
Saudade.
Talvez a saudade de tudo que eu não tive.
Talvez a saudade de um só dia que me deu tudo que eu sonhei. Um dia bom no meio de tantos ruins que o tempo acumulou.
A vontade de sentir aquela alegria inocente, ininterrupta que precedeu a tristeza de uma volta inexistente.
Se tantos outros choram, eu não chorei.
Se tantos outros culpam, eu não culpei.
Aprendi a ser assim:
Sozinho no meio de tanta gente que o tempo acululou.
Me levantei ao meio da limpeza que eu mesmo acumulei.
Me senti como nenhum dia:
Mais longe de tudo e todos.
Vai ver é só você.
Vai ver é só você querer.

2 comentários:

Mia disse...

às vezes as pessoas não querem querer... preferem chorar pela ausência do que nunca se teve, saudar os dias que nunca vieram, e a sensação insensível só observada em músicas abstratas e filmes absurdos. Ou talvez tudo que eu digo seja só uma desculpa que meu inconsciente inconstante criou para diminuir a culpa que sinto por querer, conseguir, e detestar. Principalmente por detestar a falta da ausência de coisas que deveriam ser ausentes, mas não são.

déborah disse...

Vai ver é só você.
Vai ver é só você querer.

saudade - marcelo camelo.
hein?


~
aiai, essas coisas são bem chatinhas mesmo. mas é como o título fala "tempo". talvez tenhamos muito tempo para varias coisas, talvez não. não que eu esteja me referindo a esperar as coisas, mas sim ... irmos atrás dela. se nada muda, podemos mudar...e varias outras coisas, se é que me entende. :)

fica bem, léo ;*