sábado, 17 de maio de 2008

Ao cair do dia

Ao cair do dia

Do clichê ao original me acho
falo e canto, sem medo nem perigo
ao sentido me dou um cacho
guardo-o como em tempo antigo
antes perdido como um sonho acordado
e agora como um velho amigo.

Sobre grama e luz eu choro pranto
sob lua e relva o desencanto.

Agora a ti lhe guardo em claro
tenho-te a mim como nuvem nova:
vais durar por um bom tempo
e em mim te lembrarei eterno,
mas, como nuvem és e sempre serás,
cairás como água e banharás
não só a mim, como muitos outros,
que não te perceberam na chegada
e na partida não lembrarão.

Como ti de mim guardarás poucos pingos
como eu de ti, todas as gotas
e sempre terei sobre ti mil sonhos
e sempre terás de mim mil palavras.

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