Ela, no momento oportuno
Fez de oportunista um adjetivo chulo
Sua mão me levou: mas meus pés já sabiam por onde ir
E nos trancamos, num sem tempo que ainda ecoa
E nos amamos, torpe e lindo como devia ser:
Rindo
E o que me lembro dali pra frente foi sorriso
Depois do beijo
Sorriso
Conversar
Sorriso
Depois do sexo
Sorriso
Acordar ali
Sorriso
Mas minha triste tristeza,
Essa era a oportunista chula.
Me carregou pra um baixo tão baixo,
Mas tão baixo
Que só me sobrou reinventar
E ali, tristemente, Ela não tinha espaço
E então se foi (por minha culpa)
Sei do seu choro por relato
Nem poderia imaginar o estrago
E causar dor em outro também me causa
E de lá foi quase um ano
Engenhando meu novo eu com sua ajuda,
Mesmo sem saber
Pra transformar o longo em curto:
Me refiz libertando o espaço da tristeza
E de volta coube ela direitinho dessa vez
Mas nela reinavam outras coisas (as vezes tristes) que ainda tentamos rever
Dessa vez juntos, com amor
Coisa que nunca imaginei digno de viver
E como vivo agora!
Vivo grande, vivo longe!
Viveremos!
Quando um aprende ao outro ensina
E é assim que quero ser
Um comentário:
Viveremos! Viveremos grande... Eu te amo!
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