domingo, 16 de setembro de 2012
12
As migalhas do teu gesso em meus lençóis, ainda guardo.
Em total desconhecimento do que nós éramos,
o nosso retrato revelou o passado tendencioso da minha inquietude.
E descobri que era tua também.
Minhas entranhas ainda gelam ao lembrar do tempo
ao juntar dos casos
e meu relato é ínfimo diante do que nem me atrevo a tranformar em letra.
Teimo em dizer,
e até repito,
que não foi mero laço,
saudoso acaso,
que fez reunir tudo isso em que aqui venho.
Foi você.
E te devo tudo.
Desde o instante daquele momento,
naquela sala distante, sem requerimento,
encontrei o mundo e ele me viu também:
nas esmeraldas que miravam os poucos centímetros que sobravam entre a tua respiração e o calor da minha face já vermelha.
E daí em diante me abstenho:
não consigo discutir em verso o quanto de tudo é que eu tenho.
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2 comentários:
Os primeiros 12 de outros tantos que espero. Se me deves algo? Não. Minha dívida é que é infinita. E mesmo que não haja versos suficientes para descrever o que aqui se passa, tuas palavras bastam para me fazer sorrir (o que é tão frequente, quando estou com você).
É tão louco ver a sua nova poesia, que é tão sua quanto as outras, que é tão sua, mas não é do que você era.
E sabe de uma coisa?
É linda!
Saudades daqui.
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