segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A comédia do seu fim.

O que é isso que ostenta no peito?
É coisa que nem sabe direito?
Encontra o velho pão dormido
e perde os dentes pra se acostumar
treze anos de alegria
o triplo e meio de azar
na maleta três aspirinas
um copo d'água
margarinas
dois quilos de manjar

O que te esconde se não surte efeito?
Já troca o tempo pelo selo eleito?
Pensou que foi mas não tinha ido
diz que tenta mas nem quer tentar
abre a mão mas noutro dia
poesia é puro ar
vai lembrar daquelas sinas
quedas d'água
marinas
e não vai querer voltar

Não se muda nenhum feito.
Do berço até o leito.
Queria ter sido
poderia mudar
se pensasse na maria
se pudesse não lutar
pede até graças divinas
benze água
imaginas
e perde e deixa o tempo voar

3 comentários:

Steph disse...

excelente! voto nele como o próximo a ser publicado naquele jornal de ouro fino ;)

Pedro Inácio disse...

CArahlo!

Trajetória da vida disse...

Muitooo mais muito bom! =)