E daí eu entendi que cada plano
é uma pequena reza pro tempo.
No momento em que eu me apoiava nos sapatos, naquela UTI
que fedia a mijo.
E eu controlei meu ar enquanto dizia a mim mesmo:
Já aguentei demais por hoje.
E cada bipe do monitor te levava um pouco mais longe de mim.
Entre as máquinas de refrigerantes e revistas velhas
em um lugar onde só se diz adeus,
como agulhas em um vento violento que são as nossas memórias
e que dependem de uma câmera defeituosa na nossa cabeça.
E aí eu sabia que você era uma verdade que eu preferia perder
a nunca mais deitar ao teu lado.
E eu olhei ao redor, todos olhando pro chão,
enquanto a tevê se entretia sozinha.
Pois não há conforto na espera
só passos nervosos esperando a má notícia.
E então chega a moça de branco e todos levantam a cabeça.
Mas eu estou pensando no que a Sarah disse,
que amar é ver alguém morrer.
Então quem é que vai te ver morrer?
Um comentário:
amo essa música! death cab épico :) tradução ótima, léo! gostei muito!
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