Tenho me dispensado de pensar em amores.
Todos tão sórdidos e, mesmo assim, tão queridos na minha mente.
Estou me encantando cada vez mais com o que não sou, e não sei se isso é plausível de se encantar.
Cada dia que passa, cada segundo no sofá, cada milésimo de emoções vãs não me deixam enganar.
Sou só eu.
E não digo por egoísmo ou melancolia. É essa a verdade que acabei encontrando nesses dias extremamente lúcidos que vivi.
Minha cabeça envolta na lã firme e gasta do encosto do sofá.
E, ela mesma, lá longe onde nem consigo explicar quando me perguntam.
E como têm me perguntado!
Será que perceberam que mudei?
Será que eu mesmo percebi?
Não posso contar,
perderia todo o suspense que tenho guardado para o Gran-Finale.
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