Quero encher de formalidades
essa minha voz escassa e transparente.
Quero sentir na pele
o espinho da rosa,
o doce gosto do sangue
que escorre por toda célula
e cai,
fica,
inerte em sua existência.
Quero pular alto,
sonhar alto.
Quero uma noite de sono,
onde durmo por toda a
eternidade e acordo novo
e bem nutrido.
Quero conhecimento de sábio.
Quero vida,
morte,
luz.
Quero ver da forma certa
o despertar da flor morta,
que cai, despenca torta.
Que da existência ninguém se importa.
Quero abrir a janela
e deixar sair o pássaro.
Preso, prosa, prego.
Quero não querer.
Quero tudo não querer.
Mas o que faz o homem, se não desejar?
Um comentário:
Instintos.
Queria ser somente essência.
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