domingo, 31 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
love will tear us apart
Garrafas de conhaque, bitucas de cigarro, pratos sujos
tudo o que uma vez fora amor se transformara nisso:
lixo.
Os gritos vieram da janela ao lado
nem liguei. Eu sabia que a morte era algo doloroso
sabia que a decisão tomada, boa ou ruim, tinha de ser tomada.
Senti o cheiro de pólvora na mesma hora,
mas só instantes depois percebi que o sangue escorria
da minha cabeça, e não da cabeça da janela ao lado.
É algo horrível sentir o gosto do sangue quando você sabe que vai ser o último gosto que você vai sentir.
Silenciei de medo e orgulho: o tiro preciso e a vida se foi.
Não percebi escuridão. Na realidade, não percebi nada.
E, como era de se esperar, nenhuma luz se abriu e nenhuma corneta tocou sua música alegre: nossos anjos são vermelhos e negros, tal como o sangue e a pólvora que nos tira a única coisa que nos mantém vivos - as reações.
(Dedico esse ao Ian Curtis, que me fez sentir morto mesmo estando vivo.)
ps: não, não vou nem quero morrer, a vida é tão legal pra jogar fora.
sábado, 23 de agosto de 2008
Sabe aquelas vezes que você nem sabe o que falar, que fica esperando alguma coisa acontecer?
E todas aquelas horas sem fazer nada?
Sabe, todas as vezes que eu fiquei assim eu me senti bem. Me senti eu mesmo.
Talvez meu mundo esteja ao contrário ou talvez o resto do mundo está.
Eu sinto falta do que já passou por mim, sinto vontade de voltar.
Sim, eu sei: vai passar. Mas parece que tudo vai ficar do jeito que está e estaria tudo certo pra todo mundo, menos pra mim.
Se tudo isso fosse diferente do que está sendo, acho que eu seria clichê demais.
Ou eu sou clichê demais?
Só sei que aqui eu sou assim, ali eu sou outro, mas por dentro continua tudo ruim e bom.
Não sei o que fazer... Quero alguém pra conversar.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
Mas, enfim, o que tinha de ser deve estar sendo, mesmo eu tendo sido EU demais. Acho que eu ser sempre eu mesmo as vezes machuca, por eu não ser do jeito legal que as pessoas são.
Ou pode não ser nada disso e eu posso estar me equivocando. Só espero poder voltar a ver, e o mais cedo possível.
sábado, 16 de agosto de 2008
Ilusão.
Palavras poucas, eu sei, não sou muito de falar. E de tudo aquilo que busquei tu fostes a mais silenciosa e eu consegui me perder em meio às palavras que poderiam ter sido ditas.
Sempre quis ouvir um oi que não foi dito, sempre quis dizer um adeus que não fosse triste, mas minha língua é vulnerável aos apertos do coração. Aquelas vezes (muitas) que eu fiquei em silêncio foram para poder ouvir tua voz, para poder esperar de ti o que eu tinha pra falar, mas calei e tu calastes também.
Um dia, eu sei, vou poder voltar a falar. Mas esse meu silêncio é só pra poder ouvir tua respiração, pois tuas palavras sei que não posso ter.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
sábado, 9 de agosto de 2008
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Sei do não que o sim diria bem
Palavras valem à pena,
mesmo sendo só palavras.
Sei que sou silêncio puro,
sei que sou amor guardado,
mas daria tudo pra ter no meu silêncio
uma palavra boa e única.
Não quero dar explicações detalhadas,
descobri que isso eu não sei fazer.
Queria só aquela uma palavra
e assim, em meu silêncio, dizer.
Salve o mar e suas ondas,
salve tudo o que tem som.
Se amanhã eu acordasse mudo, não faria diferença:
Sou silêncio puro, amor guardado, desavença.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Burrice
Ou então é como o professor disse: "O cara é burro, isso por que ele foi o espermatozóide mais rápido, imagina se ele fosse o último? Não conseguiria andar e mascar chiclete ao mesmo tempo."
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Será que a vida sempre foi tão escura assim, ou nós a escurecemos de uma hora pra outra?
Parece-me que antigamente havia mais tempo, mais espaço, mais oxigênio.
Será que fui eu que mudei, ou nós que mudamos?
Eu sempre soube que um dia haveria algo que me pediria pra parar, pra repensar.
Será que esse dia chegou?
E eu? Aqui, sentado, observando elétrons fazerem seu trabalho, esperando que algo aconteça, algo que me faça levantar não apenas pra pegar outro copo d'água, mas para abrir a minha janela e ver que a luz voltou. Não a luz que vem dos tais elétrons, mas a luz que vem de todos, uma luz diferente nas bordas mas semelhante no núcleo.
Observei demais essa luz fosca que chamamos de vida. Observei tanto que acabei por ficar cego.
Se ao menos eu tivesse como tocá-la, mas essa luz é intangível para mim. Me resta acabar com meus olhos, ou fechá-los.
Talvez seja a falta de uma luz falsa que todos teimam em acreditar. Talvez seja o tanto de uma luz verdadeira que poucos aceitam, e os que aceitam são tristes. Talvez eu deveria me deixar levar.
Eu só queria que todos pudessem ver o que eu vi, mas o ser humano é fraco demais para deixar de se apoiar no que sempre pôde contar. O ser humano tem tanto potencial e simplesmente se acomodou na complexidade do "não saber", ou do "achar que sabe". Talvez o medo do desconhecido, talvez os dogmas medievais, talvez o medo do todo, talvez TODOS tenham medo.
Um dia abrirei minha janela e não verei mais o céu azul, verei uma poeira preta cheia de restos humanos.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
Ainda prefiro meu quarto. Fechado.