ao sabor do vento
cada célula, todo fio de cabelo
falando assim parece exageiro.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Information travels faster!
Vitrolas, marionetes, balões. Tudo aquilo e mais um pouco girava em torno dela, e ela nem sequer se movia. Parada, paralisada, olhando o mundo novo à sua volta, com aquele mesmo olhar que teve, quando pela primeira vez abriu os olhos naquele líquido escuro e materno por onde passara 9 meses. Sim, ela estava maravilhada, tonta e sem palavras, não que conseguisse pronunciar alguma com seus poucos meses de vida, mas, mesmo se conseguisse, não teria palavras para fazê-lo.
Sentou-se nos afagos do pai, observou tudo à volta, e, com grande esforço, soltou um leve grito de satisfação. E aquele gritinho agudo e contente foi a única coisa que realmente descreveu o momento.
Alguns anos se passaram, e ela percebeu que as maravilhas que sentiu naquele dia inesquecível nunca mais vieram à tona tão intensamente como na primeira vez. Procurou saber o motivo, se informar, mas tudo o que via não se parecia nem um pouco com aquilo que sentiu.
Ela poderia descrevê-lo como felicidade, mas a palavra felicidade logo se tornava carros, casas e produtos de beleza quando ela perguntava às pessoas. Poderia também descrever como algo magnífico, mas isso se transformava em bíblias e santos em poucos segundos na boca da população.
E o tempo passou, e ela nunca mais sentiu aquilo. Ao contrário: ela foi sentindo cada vez mais calor, mais cheiros ruins, mais plástico, menos físico e muito menos feliz. Ao final, ela decidiu acabar com tudo aquilo, e, como num passe de mágica, voltou ao útero úmido e confortável de sua mãe, e sonhou com as vitrolas, as marionetes e os balões, e jurou a si mesma que faria com que sua vida não sentisse aquilo apenas uma vez, mas que sentisse todos os dias, e que fizesse as outras pessoas sentirem também.
Vitrolas, marionetes, balões. Tudo aquilo e mais um pouco girava em torno dela, e ela nem sequer se movia. Parada, paralisada, olhando o mundo novo à sua volta, com aquele mesmo olhar que teve, quando pela primeira vez abriu os olhos naquele líquido escuro e materno por onde passara 9 meses. Sim, ela estava maravilhada, tonta e sem palavras, não que conseguisse pronunciar alguma com seus poucos meses de vida, mas, mesmo se conseguisse, não teria palavras para fazê-lo.
Sentou-se nos afagos do pai, observou tudo à volta, e, com grande esforço, soltou um leve grito de satisfação. E aquele gritinho agudo e contente foi a única coisa que realmente descreveu o momento.
Alguns anos se passaram, e ela percebeu que as maravilhas que sentiu naquele dia inesquecível nunca mais vieram à tona tão intensamente como na primeira vez. Procurou saber o motivo, se informar, mas tudo o que via não se parecia nem um pouco com aquilo que sentiu.
Ela poderia descrevê-lo como felicidade, mas a palavra felicidade logo se tornava carros, casas e produtos de beleza quando ela perguntava às pessoas. Poderia também descrever como algo magnífico, mas isso se transformava em bíblias e santos em poucos segundos na boca da população.
E o tempo passou, e ela nunca mais sentiu aquilo. Ao contrário: ela foi sentindo cada vez mais calor, mais cheiros ruins, mais plástico, menos físico e muito menos feliz. Ao final, ela decidiu acabar com tudo aquilo, e, como num passe de mágica, voltou ao útero úmido e confortável de sua mãe, e sonhou com as vitrolas, as marionetes e os balões, e jurou a si mesma que faria com que sua vida não sentisse aquilo apenas uma vez, mas que sentisse todos os dias, e que fizesse as outras pessoas sentirem também.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Oportunidades perdidas
Hoje eu estive pensando: "E se eu morrer? For embora, pra sempre? Sem realizar nenhum sonho?".
E acabei de perceber: sonhos a longo prazo são realmente sonhos. Acho que o que me mantêm vivo são os sonhos a curto prazo, tipo cortar o cabelo, ouvir uma música, colocar um piercing, ir acampar. E percebi ao mesmo tempo: eu sou feito de sonhos, desejos desesperados de mudança, ou de permanência. Eu me sinto vivo sonhando, me modificando aos poucos, ou aos muitos.
Mas, quanto aos sonhos a longo prazo, eles são uma imensa bola de neve úmida e grotesca, da qual eu tenho medo. Esses sonhos me mantêm caminhando quando não há sonhos menores, e me deixam de olhos fechados para o futuro. São sonhos enormes, difíceis de conseguir, e me fazem pensar sobre a morte. Sim, morte. Porque agora eu estou preso a eles de uma forma tão intensa, que me causa desespero pensar em não realizá-los.
Queria ter certeza de coisas, queria poder me divertir, me sentir feliz. Mas, não sei o que acontece comigo... eu nunca sei. Sabe? Preciso de alguma prova, pra eu continuar assim, lutando pra que o meu futuro próximo seja bem melhor. Mas, é pedir demais. Acho que vou continuar assim, tentando me explicar, tentando "entrar no meio". Enquanto isso, eu me divirto de outras formas! ieuahuiaeh ;D
E acabei de perceber: sonhos a longo prazo são realmente sonhos. Acho que o que me mantêm vivo são os sonhos a curto prazo, tipo cortar o cabelo, ouvir uma música, colocar um piercing, ir acampar. E percebi ao mesmo tempo: eu sou feito de sonhos, desejos desesperados de mudança, ou de permanência. Eu me sinto vivo sonhando, me modificando aos poucos, ou aos muitos.
Mas, quanto aos sonhos a longo prazo, eles são uma imensa bola de neve úmida e grotesca, da qual eu tenho medo. Esses sonhos me mantêm caminhando quando não há sonhos menores, e me deixam de olhos fechados para o futuro. São sonhos enormes, difíceis de conseguir, e me fazem pensar sobre a morte. Sim, morte. Porque agora eu estou preso a eles de uma forma tão intensa, que me causa desespero pensar em não realizá-los.
Queria ter certeza de coisas, queria poder me divertir, me sentir feliz. Mas, não sei o que acontece comigo... eu nunca sei. Sabe? Preciso de alguma prova, pra eu continuar assim, lutando pra que o meu futuro próximo seja bem melhor. Mas, é pedir demais. Acho que vou continuar assim, tentando me explicar, tentando "entrar no meio". Enquanto isso, eu me divirto de outras formas! ieuahuiaeh ;D
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